maio 30, 2005

Maldito Talvez!

Solidão, o que circula em minhas veias…
Nem rumo, nem presente, nem sangue,
Só passado! Essa memória viva e destrutiva do agora
Que me persegue mesmo com o meu ‘não’ e revolta…
Revolta talvez… Nem sei o que será… Também, o
Sentimento não existe para se escrever, existe para se…
Arrepender! Talvez… Sempre achei que
A vida toma o traço correcto no
Amanhã, talvez por isso sinto-me frustrado no Hoje…
Talvez esteja errado… Qual frustração qual solidão…

A vida é tão simples… Feliz quem a dificulta!






“Maldito Talvez!”
(21 Mar. 05 20:12)

maio 29, 2005

A um amigo...

Enquanto houver estrada para andar…
Sim… Nós não vamos parar meu amigo,
Enquanto tivermos as tuas palavras esculpidas
Na perfeição destas harmonias nunca iremos
Cair na estupidez do sarcasmo que só atrapalha a
Melodia ‘politonal’ que é a vida…

Porque há tanta coisa que não bate certo...
Há que olhar para quem em momentos
Complicados do seu caminho soube encontrar
A luz no meio de uma gruta tão extensa como
Fria… O teu sorriso é força para nós e lição de
Vida à qual nunca iremos virar costas…

Neste mundo cheio de tudo…
Procuramos a nossa verdade e sentido para algo que
Nós próprios desconhecemos, quando basta ouvir-te
O mais pequeno dos minutos para encontrarmos a nossa Terra dos Sonhos…
A verdadeira Viagem à Palma da nossa mão… Obrigado!





“A um amigo…”
(14 Fev.’05 18:35)

maio 26, 2005

Perdido

I

Por entre estas pernas sem ritmo
Sinto o pavor da anestesia sintética
Que me faz repensar no porquê deste
Encanto que não passa de uma solução
Mal expressa pela circunstância do momento.

Pergunto o porquê da vida momentânea
Quando a eternidade nos espera…
Pergunto o quanto é triste estar aqui…
Só… Com tanta dama rodeante… Mas… Só!

Porque é que não surge no meio deste
Vendaval de loucura, neste plano ortogonal da
Dimensão clara da vida… Porquê?
Repensa o teu caminho… Foge dele!
Pois este não passa de um cobarde solitário
Perdido na imensidão deste clima flutuante.

Da paixão misturada com o desejo…

És linda… digo-te! Reclamo-te…
Porque é que o porquê das coisas não surge
Quando mais precisamos dele… Quando precisar de
Meus filhos para responder será tarde…
Ama-me! Preciso de ser amado…
Estou a sofrer… Tal como o pássaro
Abatido do nada que reclama o prémio
Imoral do orgulho. Eu amo-vos…

Obrigado pelo sinal ilustrativo da vossa
Compreensão… Eu sendo o vosso Deus…
Adoro-vos… Apenas isto… Adoro-vos…




“?!?”
(19 Fev. 05 4:33)










II

“Confusão…
Escuro…
Música…
Whisky-Cola...
Sai daqui…

Nada… Nada…”

Nada…! O que vocês foram… o que são…
O que demonstrarão…





“Vazio”
(19 Fev. 05 / 21 Fev. 05 )

maio 25, 2005

Porque um dia fui assim...

Porque um dia fui assim…
Minhas palavras perpetuarão na mais
Gélida gruta que só o velho sábio
Das nossas histórias conseguiu iluminar,
Esse velho que semeou neste finito
Terreno infinito as auras fracas de
Um povo forte, tão forte capaz de
Inclinar-se perante o mais comum dos
Mortais que um dia se terá lembrado
De lhes mostrar o que de alguma
Coisa se passa neste cubo transfigurado em bola…

Ouçam-no! Ouçam-me…
Abram as portas à gruta para poderem escutar
O que de mais verdadeiro ecoa nas paredes
Deste mundo louco pelo nada pelo vazio…
Caramba… O que digo é tão real que a
Mim mesmo fere, e cura perante a hostilidade
Do ser inquietante e ilusório pactuado
Por vós mesmos… Ilusório sim!

Sonhos… É bom sonhar…
É a certeza do momento bem passado sem
Sair do mesmo grau de estupidez…

Olhem para trás, o livro está escrito…







“Porque um dia fui assim…”
(13 Fev. 05 21:52)

maio 24, 2005

Até Julho

No meio desta sala por entre a neblina do pensamento
Corre o frio que corta, os sonhos de alguém que
Um dia teve a esperança de se tornar ‘herói’
No amanhecer de uma nova era…

Sentado… Me sinto assim nesta estranheza
Que estava longínqua de se realizar…
Frustrado… Pois a incapacidade aliada ao
Cansaço faz-me desacreditar em mim.

Será que a minha loucura me levará à sombra
Ou será esta sombra apenas uma claridade à espreita…
Louco… Talvez sim!




“Até Julho”
(03 Fev. 05 10:04)

A esquina

I

Perguntaste-me o porquê do mundo ser estranho e vazio,
Eu respondi-te com um sorriso…
Perguntaste-me se a vida fazia sentido nesta esquina passageira,
E momentaneamente hesitei diante de teus olhos,
Queria responder-te “sim toda a esquina tem sentido!”,
Mas depois de tanto pensar e repensar
E pensando nada ao mesmo tempo,
Achei que essa esquina na verdade decifrava
Toda a estranheza e vácuo de que falavas há pouco.

Peças muitas são aquelas que juntas e observas
Com o Teu poder elucidativo das coisas,
Peças comparas e denotas e imaginas
E tornas a pensar, pois na verdade,
Figuras são estas que não encaixam
Em lado algum, pelo menos
No Teu modelo de viver e sentir e agir…
Mas pensa que se esta tela se resumisse a quadrados
Lógicos, ela perderia toda a sua lógica…

Tu respondeste-me com um sorriso…
“encontrei a Nossa tela” declaraste,
“Numa esquina há sempre um novo
Caminho a seguir!”, a força está mesmo
Em não seguir em frente…
“A esquina”
(22 Dez. 04 5:04)
II
A Vós vos agradeço, a Vós vos ilumino,
A Vós vos dou graças…
Força e grandeza têm os vossos passos neste
Caminho impetuoso que é a distância
Do estar, do Ser, do ser… Sentir!
Alegria vejo em vossos olhos na verdade
Do Vosso viver, na verdade corajosa
Do Vosso amar… Amai-vos! Nada temam,
Pois estarei aqui… Aí…

Sabei que a vosso lado caminharei
Pela areia rude, pelos montes
E vales da incerteza certa da vida, e quando
Em difíceis momentos, pelas marcas dispersas reparardes
Num caminhar Solitário, não julguem que
Vos abandonei nem que desisti do meu caminho,
Lembrem-se que apenas vos
Estarei levando em meu colo… Bem junto
Da minha verdade…

Em vosso leito Ele é acolhido
Entre as pantanais águas de seu destino, sem mesmo
Que o deixem tocar numa lágrima única
Caída que seja… A Vós vos devo o mesmo
Amor… Aqui têm os meus braços…


“Meu Deus”
(23 Dez. 04 5:19)
III
Entre estas linhas te escrevo,
Entre estas linhas filosofo o Elo quebrado
Que Lhe fez a verdade do ser
Fluir à superfície como esta música
Desmúsica que quebrou as leis do ar para
Entoar descuidadamente em meus ouvidos… Vossos!
Mas para quê leis quando sempre surge o
Podre e o roto de um desalinhado
Trilho que é o destino…?

Longo será o percurso se pensares que a
racionalidade tudo resolve, sendo esta a
Desvantagem do homem… Atira-te!
Estarei por lá perto, e se entrares na
Linha errada, é porque o teu vagão é
Mesmo esse, propositadamente esse. Esse e não outro!
Talvez um dia, tu e quem te figura, entendam que
Os vossos mais perpendiculares traços são os mais
Perfeitos paralelos equidistantes do centro da razão…

Tudo muda, tudo se finaliza…
Cresce ou decresce conforme o cego ou lúcido
Ponto de vista… Apenas estes dois traços se
Infinitam… na perfeição onde se cruzam e
Destapam toda a merda a que souberam virar costas…


“Paralelas”
(7 Jan. 05 19:25)