julho 26, 2005

Esta Força...

Uma força estranha percorre minha cabeça
Uma força de cansaço de vontade aglomerada
Na hiperactividade de meus dias… Sinto-me,
Na leveza de minha consciência, mais forte
Que o próprio movimento das avenidas repletas de
Carros e pessoas… de vida! É de vida que
Sou feito, qual matéria, qual anatomia…
O querer é forte, o saber às vezes, mas
Contigo percorreremos o caminho, suportados por
Esta força, uma força estranha… dizia eu…
É-me tão familiar…

Que todo o mundo a sinta nem que por um breve minuto…






“Esta Força…”
(17 Jun. 05 16:35)

julho 14, 2005

Lisboa II

Estás vestida de cores exuberantes e trazes
Contigo um traço de alegria… Pela
Primeira vez me mostras tal festa de cheiros
E paladares que anseio por experimentar, sinto-me
Cada vez mais teu, e tu, cada vez mais tua mais
Senhora… Me fazes julgar que passará por este terreno
Meu futuro, nesta forma de cidade alucinada de contrastes,
Onde as tágides do Tejo se mostram ao movimento arrojado
De tua silhueta… Num cruzamento harmónico que já me
Habituei a contemplar…





“Lisboa II”
(12 Jun. 05 18:55)

julho 11, 2005

Mão

‘...uma mão estendida e um relógio que não pára...
Algo com que estamos habituados a lidar
Dia-a-dia, abram os olhos... a mão esteve sempre lá,
Haja força para a agarrar... quanto ao tempo... sim,
Esse parasita ao contrário da lucidez... não morre!’

Olhei para o meu ombro esquerdo e percebi que a mão
Não estava lá, eu estava de olhos abertos… sim… Mas
Sentia uma presença tão presença tão estranha que minha
Lucidez não deixava desdobrá-la (não sei se já morreu
mas que de facto tem andado sóbria sim…), ao sabor dos
Ponteiros do monótono elemento que alguém se lembrou de
Achar no caminho pr’a eternidade…

Olhei para o meu ombro direito e percebi que a mão
Esteve sempre lá, eu estava de coração aberto… sim… Mas
Pelos vistos o coração é falível, talvez não
Trabalhe em ‘stereo’… O quanto é duro só entender
Agora, depois de tanta volta do tal elemento, que a
Mão sempre habitou em meu braço, mas mais duro é
Saber que houve quem a tivesse visto, parasse…

Vivido… e não a tivesse agarrado…





“Mão”
(10 Jun. 05 0:23)