julho 11, 2005

Mão

‘...uma mão estendida e um relógio que não pára...
Algo com que estamos habituados a lidar
Dia-a-dia, abram os olhos... a mão esteve sempre lá,
Haja força para a agarrar... quanto ao tempo... sim,
Esse parasita ao contrário da lucidez... não morre!’

Olhei para o meu ombro esquerdo e percebi que a mão
Não estava lá, eu estava de olhos abertos… sim… Mas
Sentia uma presença tão presença tão estranha que minha
Lucidez não deixava desdobrá-la (não sei se já morreu
mas que de facto tem andado sóbria sim…), ao sabor dos
Ponteiros do monótono elemento que alguém se lembrou de
Achar no caminho pr’a eternidade…

Olhei para o meu ombro direito e percebi que a mão
Esteve sempre lá, eu estava de coração aberto… sim… Mas
Pelos vistos o coração é falível, talvez não
Trabalhe em ‘stereo’… O quanto é duro só entender
Agora, depois de tanta volta do tal elemento, que a
Mão sempre habitou em meu braço, mas mais duro é
Saber que houve quem a tivesse visto, parasse…

Vivido… e não a tivesse agarrado…





“Mão”
(10 Jun. 05 0:23)


2 Comments:

Blogger Sara Leal said...

pior que a dor da cegueira, só a dor da perda. Obrigada pela visita; parabéns pelo espaço tão agradável =)*

11/7/05 12:52  
Anonymous Anónimo said...

às vezes, habituamo-nos [demasiado] a uma presença. de Alguém.

habituamo-nos tanto a isso, que a presença passa a já nem ser notada..
e passa a ser como algo normal, comum. que sempre ali esteve..

mas pode não ficar ali, para sempre..

e quando vai..
oh, dói demasiado.

*

11/7/05 22:08  

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