maio 01, 2006

O meu Moleskine...

dezembro 31, 2005

O Baú

E vai a cima… me disseste
Mesmo antes do álcool me invadir
Não sei o que escrevo, nunca o
Soube… Escrevo para quê… Para
Quem? Para mim sei eu…
E o eu que quer ler? As palavras
Tristes são o passado que fechei
No baú naquela arca velha
Com traças corroendo as paredes da
Memória… mas qual memória…
Essa já lá vai, pois nunca mereceu
Meu verniz que sempre tentou
Cobrir a falsa boa imagem
De suas paredes… que um dia
Chamei de angélicas… Como
Num ‘Até Julho’… como
Num Até sempre… Louco…
Talvez sim!






“O Baú”
(22 Ago. 05 02:45)

novembro 13, 2005

Ontem

Ontem… sim…

Tropaste na nuvem mais cinzenta que encontraste em
Teu Céu, uma nuvem robusta que a qualquer momento
Faria chover o aquém e o além… chegaste… ficaste…
de repente… o Divino! o cair da palavra ‘Talvez’…
o desejado… o Momento!

as palavras ficam por aqui Hoje… pois o
Ontem… sim…






‘Ontem’
(10 Out. 05 23:14)

novembro 01, 2005

Hoje

Porquê estas lágrimas que percorrem meu rosto
Logo no dia que me deste um sopro de felicidade…
Sopro que me parece tão distante mas que tu com a
Tua grandeza o fizeste soar bem perto de
Mim… Tanto tempo passou… Porquê hoje?
Sinto-me ridículo por estas lágrimas secas por
Esta inquietude que não me deixa cair na
Ridicularidade global dos outros personagens
Que é onde eu quero que me julguem, pois
Lá serei condenado à forca, tal como
Agora… Unicamente livre ao papel e na solidão.
Tu entendes-me… Eu sei que sim! Ajuda-me…
Logo Hoje…






“Hoje”
(02 Maio ’05 02:05)

outubro 11, 2005

Amanhã

‘Agarra-me esta noite que
amanhã continuarei aqui.
Minhas mãos continuarão
a fechar teus olhos e a
brincar em teus cabelos.
Amanhã continuarei aqui
porque os meus braços te
anseiam e a minha alma
espera saber cuidar de ti.
Gosto dos teus dedos no meu
corpo, o teu encostado ao
meu, tanto que consigo sen-
ti-lo quando já lá não está.
Não tens por que sentir me-
do, eu amanhã continuarei
aqui. É uma inevitabilidade
do meu ser, da minha vonta-
de; amanhã estarei por mim,
amanhã estarei por ti e
amanhã continuarei aqui.’

setembro 14, 2005

Se me quiseres...

Se Lhe quiseres sentir, tocar…
Se Lhe quiseres ouvir, morar…

Entenderás um dia que de tua
Boca, de teus apetecíveis lábios Ele
Só quer ouvir o que vos ensinei, tentei…
A pureza da palavra ‘Adoro-te’ conciliada com
O momento… o Momento! Quais juras de
Amor? essas vocês desperdiçam a toda a
Hora… Nunca entenderam… Só feriram…

Mas o adoro-te… está só ao alcance de
Mim e dos Outros que por aqui moram,
Daí ele preferir tal palavra tal força…
Força sim, por alguma coisa estamos aqui e
Vocês aí nesse novelo de sensações… Nós por
Cá vamos puxando a ponta, lentamente… ou
Um pouco mais rápido conforme vossos traços…

Às vezes penso se o novelo d’Ele chega ao
Fim sem que ouça algo de realmente
Verdadeiro… como o que ouvimos…
Se alguém o vir diga-lhe para subir à
Nuvem mais próxima e tropar à porta…
Depois sim, quem sabe… talvez…
Um Adoro-te...






“Se me quiseres…”
(17 Ago.’05 04:22)

setembro 01, 2005

Valsinha

'Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita com há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços com há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E alí dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz.'

Vinícius escreveu... Chico harmonizou...
Nasceu então, assim, uma das mais belas músicas que minha'lma acolheu e acolherá para o sempre...
Irmã... que um dia possas dançar felicidade neste palco dos sonhos... que esse dia chegue no seu tempo certo...
Parabéns...